O tempo de duplicação do PSA, medido entre pacientes com câncer de próstata resistentes à castração, pode predizer o risco para o aparecimento de metástases – além de diminuir a sobrevida global e aumentar o risco de morte diretamente relacionada à neoplasia da próstata.
Um grupo de pesquisadores liderados pelo Dr. Stephen J. Freedland, do Cedars-Sinai Medical Center (Los Angeles, CA), pesquisaram um universo de 441 homens com diagnóstico de câncer de próstata resistentes à castração e que não apresentavam metástases no momento do diagnóstico. O estudo foi conduzido entre 2000 e 2015 e apresentou, como seguimento médio 28,3 meses.
De maneira geral, os pacientes que apresentaram intervalos curtos de duplicação do PSA (de até 3 meses) tiveram um aumento de 9 vezes no risco de metástases e de mortalidade relacionada diretamente ao câncer da próstata, além de terem 4,7 vezes mais risco de mortalidade por qualquer outro motivo. Este grupo foi comparado com aqueles pacientes que tiveram o tempo de duplicação a partir de 15 meses.
Destes 441 pacientes, 192 (41%) morreram de câncer de próstata e 132 (27%) faleceram de outras causas. A partir desses dados, os pesquisadores sustentam que protocolos para acompanhamento (e detecção precoce das possíveis metástases) devem também levar em conta o tempo de duplicação do PSA.
Uma das forças desse estudo – e um dos pontos originais – foi utilizar a mortalidade específica por câncer de próstata como desfecho clínico. A morte por câncer de próstata “é o derradeiro desfecho clínico que representa a agressividade da doença e como a doença pode ter sido tratada previamente”, escreveram os pesquisadores.