A cirurgia de reversão de vasectomia é chamada, tecnicamente, de vasovasostomia.
Trata-se de um procedimento cirúrgico em que os efeitos da cirurgia esterilizadora masculina (vasectomia) são revertidos.
Segundo pesquisas, de 4% a 6% dos homens optam por fazer a reversão da vasectomia e retornam com o desejo de ter filhos.
Durante a vasectomia, os ductos deferentes – canais que transportam os espermatozóides dos testículos até as vesículas seminais – são seccionados, amarrados com fios cirúrgicos e têm suas extremidades cauterizadas.
Na vasovasostomia, criamos uma abertura entre as extremidades separadas dos ductos, buscando que os espermatozoides possam voltar a ser eliminados na ejaculação.
Leia o artigo e confira mais informações sobre este tema.
O objetivo da cirurgia de reversão de vasectomia é restabelecer a fertilidade masculina. Na grande maioria dos casos é possível a reversão de vasectomia.
Entretanto, a cirurgia de reversão de vasectomia não é uma garantia de gravidez. Quanto maior o intervalo de tempo entre ter realizado a vasectomia e o desejo de reversão da mesma, menor a possibilidade de sucesso.
Além disso, existe uma dissociação entre as taxas de sucesso na desobstrução (ou seja, de voltarmos a ter espermatozoides sendo eliminados no esperma) e a taxa de sucesso para gestação através da relação sexual.
Analisando exclusivamente a taxa de sucesso na desobstrução (espermatozoides voltando a ser eliminados pelo esperma), sabemos que:
Já as taxas médias de sucesso associadas às chances de gestação após a relação sexual apresentam os seguintes números:
Cabe ressaltar que, mesmo em casos onde já transcorreram mais de 15 anos do procedimento, temos 30% de chance de fertilização por método natural.
Entretanto, cada vez menos se indica esse procedimento em pacientes que realizaram a cirurgia esterilizadora masculina transcorrido esse período (superior a 15 anos).
Cientes de que temos uma taxa de desobstrução de 50% para esse grupo de pacientes, os métodos de fertilização assistida para esses casais – como inseminação artificial, fertilização in vitro ou injeção intracitoplasmática (ICSI) – terão a facilidade na obtenção dos espermatozoides.
Além disso, outros fatores podem afetar a taxa de sucesso da reversão de vasectomia. Entre eles, a idade e a capacidade fértil da companheira e também a experiência do cirurgião no referido procedimento.
Em casos onde ocorreu o sucesso na reversão de vasectomia, o tempo médio para se chegar à gravidez é de 1 ano, com a grande maioria das gestações ocorrendo nos primeiros dois anos.
Normalmente se obtém contagens normais de espermatozoides, no esperma coletado, entre 6 meses a 1 ano.
A razão mais comum para os homens buscarem a reversão de vasectomia é o divórcio seguido de um novo relacionamento.
A idade média desses homens é de 40 anos. Outras razões, bem menos frequentes, são a morte de um filho ou da esposa.
Embora inferiores a 5% dos casos, as complicações mais comuns após a reversão de vasectomia incluem edema local, pequenos hematomas e sintomas decorrentes da anestesia (como náusea ou cefaleia).
Complicações bem menos frequentes (inferiores a 0,5%) incluem infecção da ferida operatória e hematomas mais volumosos.
A chance dos ductos deferentes voltarem a ficar obstruídos após uma reversão de vasectomia bem sucedida é de aproximadamente 10%. Por essa razão, em alguns casos, indica-se o armazenamento em bancos de esperma.
Antes de realizar a reversão de vasectomia, é preciso consultar um médico urologista, que será responsável pela análise do paciente e também por avaliar as chances de sucesso do procedimento.
Para maiores informações sobre o assunto, acesse nosso blog e entre em contato com o Dr. João Pedro Bueno Telles, urologista que realiza atendimento em Porto Alegre.
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