Baixos níveis de educação e de remuneração mensal estão entre os fatores de risco, social e econômico, para o surgimento de câncer de pênis invasivo, afirmou recente estudo europeu.
Homens divorciados ou que nunca se casaram, ou que moram sozinhos, também apresentam maiores chances de desenvolver a doença. Estes achados, pertencentes a um grande estudo populacional sueco – foram entrevistados 11.548 homens – possivelmente refletem as diferenças no estilo de vida, no cuidado com a própria saúde e na preocupação em buscar serviços de saúde.
A pesquisa, publicada recentemente no British Journal of Urology International, incluiu 1.676 casos de homens com diagnóstico de câncer de pênis (928 com carcinoma invasivo), entre os anos de 2000 e 2012, e 9.872 casos de homens sem o diagnóstico da doença (aleatoriamente escolhidos e que funcionaram como controle). Ao se comparar o nível educacional, homens com 9 anos ou menos de estudos tiveram 25% mais chance de desenvolverem câncer de pênis do que aqueles que estudaram 13 ou mais anos. Ao analisar a remuneração mensal, homens com baixos vencimentos (pertencentes ao grupo que recebeu 50% menos) tiveram um aumento na ocorrência de neoplasia de pênis na ordem de 23% (quando comparados ao grupo que percebeu 50% mais nos ganhos econômicos).
Ao compararmos homens casados, divorciados e aqueles que nunca casaram, foi verificado que os divorciados tiveram 42% e, os que nunca casaram, 46% de risco adicional para desenvolver o câncer de pênis invasivo.
Entre os 928 homens com câncer de pênis invasivo, a mortalidade foi menor nos pacientes que tinham maior escolaridade, maiores ganhos mensais e que eram casados. “Nossos achados atuais mostram evidências sobre a importância de aspectos sociais e econômicos, não apenas no risco em desenvolver o câncer de pênis como no grau de agressividade apresentada no momento do diagnóstico”, afirmaram os pesquisadores.